segunda-feira, 7 de abril de 2014

Comunidade de Comunidades: Uma Nova Paróquia. Um Estudo Sobre o Documento de Estudos 104 da CNBB.

Gilson Feijão

Irmãos e irmãs,

     Inicialmente, gostaria de pedir mil desculpas pela grande demora em enviar o último capítulo de nosso estudo. Muitas coisas aconteceram, mas, continuamos de pé pela graça de Deus. Enfim, chegamos ao final de nossa conversa sobre este documento. Espero que tenhamos todos, aproveitado este momento. Logo iniciaremos uma nova jornada. Então vamos lá! Boa leitura a todos e grande abraço.
QUARTO CAPÍTULO: “Perspectivas Pastorais”.
     O documento propõe que para a renovação paroquial, é necessária a recuperação as bases da comunidade cristã. Nesse sentido, voltamos lembrar a experiências das primeiras comunidades, aquelas apresentadas no Atos dos Apóstolos: “eram perseverantes em ouvir o ensinamentodos apóstolos, na comunhão fraterna, no partirdo pão e nas orações” (cf. At 2,42). Precisamos então, reencontrar o Cristo. E o lugar privilegiado para este reencontro é a comunidade eclesial. A paróquia deve ser, portanto, não só o lugar destas práticas, mas ela em si deve ser uma grande comunidade de comunidades onde se experimenta na vivencia cotidiana o espírito das comunidades apostólicas que implica “necessariamente, convívio, vínculosprofundos, afetividade,interesses comuns, estabilidade esolidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores”(DGAE, n. 59).
     Concretizar esses ideais é sem dúvida um desafio muito grande para nós, diante da cultura atual com seu pluralismo e novas formas de expressão de fé que raramente se aproximam daquilo que propõe o exemplo dos apóstolos.
     Os meios que os bispos nos indicam para superar tal desafio é a revitalização, especialmente, da catequese, da liturgia e a prática da caridade. Precisamos assim, ser:
a) Ser Comunidade Profética: Viver a Palavra -Somente no encontro com Jesus Cristo, especialmente pelocontato com a Palavra de Deus, é que o cristão poderá enfrentara situação atual de pluralismos e incertezas.
b) Ser Comunidade Sacerdotal: Viver da Eucaristia -A celebração da fração do pão é o ponto alto da vivênciapascal das primeiras comunidades cristãs. Trata- se deuma comunidade pascal que celebra a vitória de Cristo sobreo pecado e a morte. Essa certeza era traduzida em suasliturgias de forma viva. Hoje, nossas celebrações precisamrecuperar esse sentido pascal em comunidade; afinal, a“Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulocom Jesus Cristo”.
C) Ser Comunidade do Reino:Viver na Caridade - “A prática da caridade e da solidariedadeexige de todos uma participação política e o reconhecimentode que a vida econômico- social deve estar a serviço dapessoa humana”(CNBB. Missão e ministérios dos cristãos leigos. Doc. 68, n. 128.).
Porém, nada disso será possível sem uma efetiva conversão pastoral.

Quem acolhe a Boa- Nova do Reino de Deus muda a suavida de acordo com os valores que Jesus viveu e ensinou.As comunidades cristãs aprenderam com Jesus que o Paideseja que todos se considerem irmãos, que haja igualdadeentre homem e mulher, que ocorra a partilha dos bens e que opoder deve ser exercido como serviço. O perdão ocupa o lugarda condenação mútua. Essa nova visão dos relacionamentossupõe uma conversão que até hoje nos desafia. (Comunidade de Comunidades: Uma Nova paróquia, n. 171).

Portanto, A paróquia é a grande escola da fé, da oração, dos valores edos costumes cristãos. Nela vive a Igreja reunida em tornodo Senhor. Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhore atrair muitos outros para essa grande família de Deus, aIgreja: sacramento da salvação. Afinal, a paróquia continuasendo uma referência importante para o povo cristão, inclusive para os não praticantes. Ela pode se tornar umfarol sempre mais luminoso, especialmente em tempos deincertezas e inseguranças. Na paróquia, cada pessoa deveriater a possibilidade de fazer o encontro com Jesus Cristoe integrar- se na comunidade dos seus seguidores.

Acreditando que para Deus nada é impossível, é importantevencer o pessimismo da situação. Ele mesmo renovatodas as coisas. É hora de renovarmos as paróquias paraque se organizem em comunidades e favoreçam as multiformesmanifestações da vida cristã. Uma nova realidadeimplica um novo entusiasmo por Deus e por seu Reino, isto é, uma nova evangelização, alinhada com a renovaçãoespiritual e a conversão pastoral. Somos uma Igreja em caminhoque sabe onde deve aportar: a Santíssima Trindade,onde Deus será tudo em todos (cf. 1Cor 15,28).

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