Gilson Feijão
Irmãos e
irmãs,
Inicialmente, gostaria de pedir mil
desculpas pela grande demora em enviar o último capítulo de nosso estudo.
Muitas coisas aconteceram, mas, continuamos de pé pela graça de Deus. Enfim,
chegamos ao final de nossa conversa sobre este documento. Espero que tenhamos
todos, aproveitado este momento. Logo iniciaremos uma nova jornada. Então vamos
lá! Boa leitura a todos e grande abraço.
QUARTO CAPÍTULO: “Perspectivas Pastorais”.
O documento
propõe que para a renovação paroquial, é necessária a recuperação as bases da
comunidade cristã. Nesse sentido, voltamos lembrar a experiências das primeiras
comunidades, aquelas apresentadas no Atos dos Apóstolos: “eram perseverantes em ouvir o
ensinamentodos apóstolos, na comunhão fraterna, no partirdo pão e nas orações”
(cf. At 2,42). Precisamos então, reencontrar o Cristo. E o lugar privilegiado
para este reencontro é a comunidade eclesial. A paróquia deve ser, portanto,
não só o lugar destas práticas, mas ela em si deve ser uma grande comunidade de
comunidades onde se experimenta na vivencia cotidiana o espírito das
comunidades apostólicas que implica “necessariamente, convívio, vínculosprofundos,
afetividade,interesses comuns, estabilidade esolidariedade nos sonhos, nas
alegrias e nas dores”(DGAE, n. 59).
Concretizar esses ideais é sem dúvida um
desafio muito grande para nós, diante da cultura atual com seu pluralismo e
novas formas de expressão de fé que raramente se aproximam daquilo que propõe o
exemplo dos apóstolos.
Os meios que os bispos nos indicam para
superar tal desafio é a revitalização, especialmente, da catequese, da liturgia
e a prática da caridade. Precisamos assim, ser:
a)
Ser Comunidade
Profética: Viver a Palavra -Somente no encontro com Jesus
Cristo, especialmente pelocontato com a Palavra de Deus, é que o cristão poderá
enfrentara situação atual de pluralismos e incertezas.
b)
Ser
Comunidade Sacerdotal: Viver da Eucaristia -A celebração da fração do
pão é o ponto alto da vivênciapascal das primeiras comunidades cristãs. Trata-
se deuma comunidade pascal que celebra a vitória de Cristo sobreo pecado e a
morte. Essa certeza era traduzida em suasliturgias de forma viva. Hoje, nossas
celebrações precisamrecuperar esse sentido pascal em comunidade; afinal,
a“Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulocom Jesus Cristo”.
C)
Ser Comunidade do Reino:Viver na Caridade - “A prática da caridade e da
solidariedadeexige de todos uma participação política e o reconhecimentode que
a vida econômico- social deve estar a serviço dapessoa humana”(CNBB. Missão e ministérios dos cristãos
leigos. Doc. 68, n. 128.).
Porém, nada
disso será possível sem uma efetiva conversão pastoral.
Quem acolhe a Boa- Nova do
Reino de Deus muda a suavida de acordo com os valores que Jesus viveu e
ensinou.As comunidades cristãs aprenderam com Jesus que o Paideseja que todos se
considerem irmãos, que haja igualdadeentre homem e mulher, que
ocorra a partilha dos bens e que opoder deve ser exercido como
serviço. O perdão ocupa o lugarda condenação mútua. Essa nova visão dos
relacionamentossupõe uma conversão que até hoje nos desafia.
(Comunidade de Comunidades: Uma Nova paróquia, n. 171).
Portanto, A paróquia é a grande escola da fé, da oração, dos
valores edos costumes cristãos. Nela vive a Igreja reunida em tornodo Senhor.
Ela existe para unir os cristãos ao seu Senhore atrair muitos outros para essa
grande família de Deus, aIgreja: sacramento da salvação. Afinal, a paróquia
continuasendo uma referência importante para o povo cristão, inclusive para os
não praticantes. Ela pode se tornar umfarol sempre mais luminoso, especialmente
em tempos deincertezas e inseguranças. Na paróquia, cada pessoa deveriater a
possibilidade de fazer o encontro com Jesus Cristoe integrar- se na comunidade
dos seus seguidores.
Acreditando que para Deus nada é impossível, é importantevencer
o pessimismo da situação. Ele mesmo renovatodas as coisas. É hora de renovarmos
as paróquias paraque se organizem em comunidades e favoreçam as
multiformesmanifestações da vida cristã. Uma nova realidadeimplica um novo entusiasmo
por Deus e por seu Reino, isto é, uma nova evangelização, alinhada com a
renovaçãoespiritual e a conversão pastoral. Somos uma Igreja em caminhoque sabe
onde deve aportar: a Santíssima Trindade,onde Deus será tudo em todos (cf. 1Cor
15,28).